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Segurança HídricaA tarifa de água como solução para um copo cheio
Vamos falar sobre a nossa água
Tão presente em nossas vidas, nos acostumamos a pensar que temos água o suficiente para sempre vermos o “copo meio cheio”. Mas, a escassez e a contaminação das águas são realidades. Neste site são apresentadas propostas para uma nova tarifa de água e esgoto, um elemento central para alcançarmos nossa segurança hídrica.
CENÁRIO ATUAL
A realidade das águas brasileiras
Projeções futuras indicam que até 2035, mais de 73 milhões de brasileiros correm risco de sofrer com desabastecimento de água, mas em um país que concentra 12% da água doce do mundo, como podemos viver tamanha insegurança hídrica? Para entender essa realidade em mais detalhes, alguns dados apontam que, de fato, nosso copo está meio vazio.
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Temos muita água onde há pouca gente, e muita gente onde há pouca água - 81% de nossas águas superficiais estão na Bacia do Amazonas. A má utilização e poluição diminuem ainda mais a sua disponibilidade, além das mudanças climáticas que também estão impactando o regime de chuvas, o que representa mais um ponto de atenção.Nossas fontes de água
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É necessário incentivar a adoção de técnicas mais econômicas para o aproveitamento da água, observando a prioridade ao abastecimento humano, e garantindo seus múltiplos usos.Os diferentes usos da água
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O Brasil ainda convive com uma realidade medieval nesse setor. Enquanto mais de 87 milhões de brasileiros têm um atendimento precário ou nenhum acesso a água potável, 107 milhões têm um acesso insatisfatório ao esgotamento sanitário. Se tratando de limpeza urbana e manejo de resíduos, mais de 72 milhões de pessoas têm acesso aà este serviço de forma deficiente. Além disso, 38% da água captada e tratada é perdida nas tubulações.A falta de saneamento básico
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Diferentes dados apontam para um cenário alarmante de contaminação. Existem mais de 110.000 km de rios totalmente poluídos no Brasil. A cada 100 litros de água captada e tratada, 74L retornam à natureza como esgoto não tratado. Em 2018 foram encontrados 27 tipos diferentes de agrotóxicos na água de 1 em cada 4 municípios brasileiros, 11 deles associados a doenças graves.Contaminação das nossas águas
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Ocorreram 276 conflitos pela água no Brasil apenas em 2018, impactando mais de 73 mil famílias. Apenas em 2013, foram mais de 14 milhões de casos de afastamento por diarreia ou vômito, sintomas associados a doenças de veiculação hídrica.Segurança e saúde pública
NOSSA VISÃO
De um copo cheio
Nos baseamos em 4 princípios como pontos de partida para propor melhorias para a tarifa de água e esgoto:
- Água e saneamento básico são direitos humanos
- É necessário preservar nossas fontes de água
- Água é um bem comum e sua gestão deve ser democrática
- Investir em saneamento básico impacta positivamente na saúde e bem-estar coletivos
Entenda melhor a importância desses princípios:


Podemos ter uma tarifa
mais justa e sustentável?
A tarifa de água e esgoto é uma peça chave para estimular o uso racional e a eficiência na prestação do serviço de uma forma justa e transparente. Como?

Cobrar confome o consumo real
Promovendo o uso racional da água através da tarifa

Água limpa e saneamento a todos
Garantindo o acesso às famílias em situação de pobreza
Proteção dos mananciais
Recursos da tarifa para o cuidado com as fontes de água

Uma conta mais transparente
Exibir com mais clareza informações essenciais e memória de cálculo

Existem outras propostas para melhorar a realidade do saneamento
O IDS elaborou ao todo 23 recomendações para a tarifa da Sabesp. Ainda assim, grande parte dessas propostas pode ser replicada para outros lugares do Brasil.
Você pode conferir todas as propostas elaboradas por nós acessando o conteúdo no link abaixo.
PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA:
O copo está meio cheio ou meio vazio?
Pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido do IDS, em abril de 2019, aponta que o saneamento está entre as 3 principais prioridades do paulistano. Os dados também apontam o desejo de mais transparência, de cuidado com as fontes de água e da universalização do acesso ao saneamento básico no Brasil.
Você pode conferir mais resultados da pesquisa:
dos entrevistados não sabem o que acontece com seu esgoto
contribuiriam financeiramente para a proteção dos mananciais
acreditam o Governo do Estado de São Paulo deve reinvestir integralmente o recurso que recebe como acionista da Sabesp para levar saneamento básico a todos
A tarifa de água e esgoto pode ser um poderoso instrumento para a universalização do saneamento e a promoção da segurança hídrica
SAIBA MAIS SOBRE
Os resultados dessa iniciativa
Clicando nos links abaixo você pode ter acesso a todos os estudos realizados pelo IDS para elaborar as propostas para a tarifa da Sabesp:
Referências Nacionais e Internacionais
Levantamento e análise de 17 experiências nacionais e 13 internacionais.
Pesquisa de Opinião
Análise da pesquisa de opinião feita pelo Datafolha, à pedido do IDS, com os paulistanos em abril de 2019.
Recomendações
Relatório técnico apresentando as justificativas de cada uma das 23 propostas do IDS.
Conheça outros trabalhos do IDS
Fontes consultadas: Agência Nacional de Águas (ANA) - “Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos” (2018), “Atlas Brasil: Abastecimento Urbano de Água” (2010), “Atlas Esgotos: Despoluição de Bacias Hidrográficas” (2017), “Balanço Hídrico”; Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) - “Perfil dos municípios brasileiros: Saneamento Básico” (2017), “Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua” (2019); “Censo Demográfico - tab. 4 e 5” (2010); Ministério do Desenvolvimento Regional - “Plano Nacional de Saneamento Básico - Plansab” (2019), “Plano Nacional de Segurança Hídrica” (2019), “Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento: Diagnóstico Anual de Água e Esgoto” (2017); Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) - “Ranking Abes da Universalização do Saneamento” (2019); Ministério da Saúde - DATASUS; Repórter Brasil, Agência Pública e Public Eye - “Coquetel” com 27 agrotóxicos foi achado na água de 1 em cada 4 municípios” (2019); Organização das Nações Unidas (ONU) - Resoluções A/RES/64/292 e A/RES//70/169; Instituto Trata Brasil.
Imagens utilizadas: Pexels, Pixabay e Unsplash| Ícones utilizados: Fahmi, Kiran, Riska Ambiya Mahfudin e Joe Pictos do The Noun Project.